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Corinthians vai à final, mas cotovelada vira alvo de crítica pesada na arbitragem

Linha de apoio: Lance aos 42 do 1º tempo domina redes e reacende debate sobre o VAR

O Corinthians está na final da Copa do Brasil, mas o domingo teve outra história paralela. O time perdeu no tempo normal para o Cruzeiro por 1×2. Mesmo assim, avançou nos pênaltis por 5×4 na Neo Química Arena. A classificação saiu no limite, com defesas decisivas no fim. Só que a discussão explodiu ainda no primeiro tempo. Um lance envolvendo André Ramalho e Kaio Jorge, aos 42 minutos, dominou as redes.

A jogada gerou revolta imediata do lado cruzeirense e virou combustível nas redes sociais. Segundo o que foi relatado durante a transmissão e repercutido depois, os jogadores do Cruzeiro pediram cartão vermelho. A arbitragem de campo, comandada por Rodrigo José Pereira de Lima, não aplicou nem falta. O VAR também não acionou o árbitro para revisão, de acordo com a repercussão publicada após o lance. O tema ganhou força porque a semifinal valia vaga direta em decisão nacional.

O debate não ficou só na torcida, porque o lance entrou no radar de especialistas. A leitura de “conduta violenta” costuma pesar quando há golpe deliberado fora da disputa real da bola. Nesse tipo de avaliação, a discussão costuma girar em dois pontos. Primeiro, se existe movimento intencional do braço. Depois, se há força e contato em região sensível, como o rosto. Foi nesse enquadramento que o lance virou “pauta própria” no pós-jogo.

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Corinthians e a polêmica que colocou o VAR no centro do pós-jogo

A análise mais forte que circulou veio de Renata Ruel, comentarista de arbitragem da ESPN. Ela resgatou o vídeo do lance e classificou a ação como grave. A avaliação repercutiu porque ela apontou enquadramento disciplinar e não só “falta para amarelo”. O ponto central foi a ideia de agressão fora da disputa direta. Isso, para quem interpreta a regra ao pé da letra, normalmente aponta para expulsão.

A comentarista publicou a visão dela com base na regra e reforçou o tipo de contato. A postagem foi compartilhada por perfis que acompanhavam o jogo em tempo real. Ela também citou o critério de força “não insignificante” na leitura do lance. O recorte do comentário foi reproduzido em sites que monitoraram a repercussão da semifinal.

“Conduta violenta um jogador atinge deliberadamente o adversário na cabeça com o braço, a não ser que a força seja insignificante. A bola está no chão e o braço atinge o rosto, é considerado fora da disputa de bola. A força não é insignificante, ele ergue o braço, era p vermelho”, disse Renata Ruel.

Depois da avaliação, o lance ganhou ainda mais tração porque não houve punição disciplinar no momento. A discussão também abriu espaço para outro ponto do jogo. Houve menção a um carrinho duro no segundo tempo, com novo debate sobre controle disciplinar. Para o Cruzeiro, a sensação foi de que o critério “passou do ponto” em jogada de risco. Para o Corinthians, a classificação manteve o foco no resultado, apesar do barulho.

Dentro de campo, o Corinthians sobreviveu a um roteiro que parecia desenhado para drama. O Cruzeiro venceu por 2×1 no tempo normal e levou a decisão aos pênaltis. Hugo Souza defendeu cobranças de Gabigol e Walace, e o time paulista fechou a série em 5×4. O gol da classificação foi marcado por Breno Bidon, no fim da disputa. A vaga coloca o Corinthians em nova final do torneio, enquanto o rival fica com a frustração do quase.

Após a partida, Hugo Souza falou sobre o peso do caminho escolhido pelo jogo. Ele disse que preferia uma vitória no tempo normal e citou a dureza do cenário. A declaração repercutiu porque resume a noite do Corinthians: sofrimento, resposta e alívio. A final, agora, vira a próxima obsessão do elenco e da torcida.

“Eu não queria que fosse assim, queria que a gente tivesse vencido o jogo”, disse Hugo Souza.

Com o Corinthians na final, a semifinal termina com dois capítulos fortes e simultâneos. Um é o da classificação no detalhe e no psicológico, com herói nos pênaltis. O outro é o do lance que virou símbolo de irritação e disputa de narrativa. O time aguarda o vencedor de Fluminense x Vasco na outra semifinal, enquanto a discussão de arbitragem segue viva. A final já começou fora de campo, nas versões e nos recortes do que aconteceu.

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