Atual atacante do CSA, na segunda divisão do Brasileirão, Guilherme Dellatorre olha para trás e vê com muito orgulho a sua passagem pelo profissional do Inter em 2011, na juventude dos seus 18 para 19 anos, já tendo a missão de ser titular do time então treinado por Dorival Jr, tendo ao lado nomes como D’Alessandro, Damião, Guiñazu e outros. Ao Zona Mista, o atacante relembrou aquele período no Beira-Rio e projetou a sequência da carreira:
Zona Mista: Relembrando inicialmente o seu período no Inter, o que serviu de aprendizado para a carreira e quais as melhores lembranças? O título da Recopa Sul-Americana em 2011, como titular, foi algo marcante?
Dellatorre: Acredito que ter a experiência de ter jogado num dos maiores clubes do Brasil, ter sido campeão e ter atuado com jogadores consagrados me fizeram aprender e evoluir como pessoa e também como jogador profissional. Foi muito marcante para mim porque foi o primeiro título como profissional e ainda mais um título internacional e podendo ser titular do time. Fiquei e fico até hoje muito feliz de ter conseguido o título da Recopa.
ZM: Muitos dos seus colegas naquele ano haviam sido campeões da Libertadores no ano anterior e já eram nomes de peso, como Bolívar, Kleber, Índio, Guiñazu, D’Alessandro. Como era a convivência com eles no dia a dia?
D: A convivência no dia a dia sempre foi das melhores. Posso dizer que todos os jogadores me receberam super bem e me deram confiança para poder desempenhar um bom futebol. Eu era muito novo naquela época. Tinha acabado de fazer 18 anos. E logo assim de cara, poder dividir o vestiário com esses jogadores, foi algo que agregou muito na minha carreira.
ZM: Você acabou sendo o autor da assistência de um dos gols mais bonitos da carreira do Leandro Damião, que foi aquela bicicleta contra o Flamengo no Beira-Rio. O que lembra daquele lance? E o Damião foi o seu melhor companheiro de ataque na carreira?
D: Fico feliz de ser lembrado até hoje pela assistência. Foi um lance muito rápido, onde eu ouvi ele pedindo o cruzamento, mas com certeza o mérito foi todo dele que conseguiu consertar o passe e fazer um bonito gol. Foi um dos melhores parceiros sim. E ele sempre foi um exemplo para mim. A gente mantém o contato até hoje, e fico muito feliz de ver ele brilhando até hoje porque é um cara que merece muito.
ZM: Gostaria de ter ficado mais tempo no Inter ou foi bom para você ter ido para o Porto B e logo depois ter voltado ao Athletico em 2013?
D: Gostaria sim de ter jogado mais, eu era muito imaturo na época. Mas também pude ir bem nos clubes que você citou.
ZM: Somando todos esses anos na bola, jogando dentro e fora do Brasil, qual você acha que foi o seu melhor momento da carreira?
D: Acredito que tive vários momentos importantes durante a minha carreira, como no Inter, que em apenas dois meses de clube eu já estava no profissional jogando de titular. No FC Porto, foi minha primeira experiência fora e pude ir muito bem também. No Athletico em 2013 ficamos em 3° lugar no Brasileiro e vice da Copa do Brasil, comigo jogando e fazendo gols. Depois, minhas últimas experiências fora, foram super positivas em números de jogos e gols.
ZM: O que você planeja para a sequência da carreira a médio e longo prazo? Está contente no CSA e acredita no acesso à Série A?
D: Eu planejo estar jogando em alto nível por mais tempo. Eu tento viver o presente da melhor maneira possível. Estou gostando muito do CSA, fui muito bem recebido, o clube te dá excelentes condições de trabalho e também temos um grupo muito forte que acredita nos objetivos e que está em busca do acesso à Série A.