O avanço da pandemia de coronavírus, que obrigou o Grêmio a dar férias coletivas até o dia 20 de abril aos jogadores e funcionários, paralisou as negociações entre a direção e o zagueiro Gabriel por um novo contrato. Já está definido que ele ganhará um cargo administrativo no clube.
O antigo vínculo, ainda válido na condição de jogador, terminou em 2019. Gabriel se encontra lesionado desde 2013, quando rompeu pela primeira vez os ligamentos do joelho. Mesmo com sucessivas cirurgias, nunca mais conseguiu jogar.
Segundo informou o portal UOL Esporte, Gabriel chegou a ser chamado para uma reunião com a direção ainda no mês de março, mas as orientações públicas de evitar aglomerações cancelaram o encontro.
Desde dezembro, ele, que estuda administração, não consta mais na folha salarial dos jogadores do clube. Será feito um acerto para os valores retroativos dos primeiros meses de 2020. O Grêmio ainda não deu detalhes sobre quais atribuições serão da competência do ex-jogador de 31 anos no novo cargo.
Jogador fazia bom ano de 2013, mas nunca mais voltou aos gramados – Foto: Divulgação/GrêmioGabriel: cinco cirurgias, apoio do clube e rotina sempre discreta
Renato Portaluppi também era o treinador em 2013, quando Gabriel vinha ganhando espaço no time até romper os ligamentos em um treinamento em Salvador, na Bahia. Saiu carregado de campo, passou por cirurgia nos dias seguintes e ficou o restante da temporada de fora.
O que se comenta é que o pós-operatório gerou complicações através de uma infecção e retardou todo o processo de volta aos gramados. Na época, ele tinha 24 anos. E teve que fazer outros quatro procedimentos no local.
Como forma de dar respaldo ao jogador na sua recuperação, sem “abandoná-lo”, o Grêmio o comprou junto ao Lajeadense e deu todo suporte nas atividades físicas necessárias. Mas Gabriel, nas vezes em que foi visto, se mostrou ainda fora de forma, sem uma perspectiva clara de retorno. Nas conquistas recentes do clube, ele esteve nas comemorações ao lado dos companheiros.