
Diante de altos investimentos nas últimas temporadas, os clubes da Série A têm se modificado dia após dia. Novas mudanças precisam ser feitas, já que o objetivo é sempre estar na parte de cima da elite do futebol nacional.
Ou seja, quem não abrir o bolso e tentar viver somente do bom e barato ficará para trás — não há para onde correr. Mesmo com investimentos altos, não há garantia de conquistas, mas a ideia é sempre se aproximar do topo.
O momento requer bastante atenção
No atual cenário, os clubes que mais gastam são Flamengo e Palmeiras. Coincidentemente, são os dois que dominam o futebol brasileiro e estão sempre à frente dos demais na disputa por taças.
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No entanto, para chegar a este patamar, ambos precisaram sofrer bastante, enfrentando piores momentos, críticas da torcida e da imprensa, até conseguirem dar a volta por cima.
Já muitos clubes, diante de fortes crises técnicas e financeiras, não conseguiram se manter por muito tempo e foram caindo de divisão em divisão. Alguns, inclusive, sumiram de vez do cenário nacional, perdendo a visibilidade.
Os desafios de uma equipe para se manter de pé
No Brasil, a linha entre a glória e o esquecimento é tênue. A história da Série A é analisada de perto pelos prognósticos da tips.gg marcada por times que desfrutaram de grandes campanhas, mas foram engolidos pelo tempo e pelas divisões inferiores. Situação que, sem um grande planejamento, é muito fácil diante da probabilidade serie a um clube passar de protagonista a mero coadjuvante.
- Má gestão financeira: a falta de planejamento e gestão responsável leva qualquer clube ao fundo do poço. Endividamento, salários atrasados e falta de investimentos em estrutura de alto nível são caminho certo para rebaixamento e, em casos extremos, falência.
- Queda de desempenho: saídas de atletas importantes e mudanças constantes no comando técnico destroem a estabilidade. A instabilidade impede evolução tática e prejudica resultados.
- Falta de planejamento a longo prazo: clubes focados apenas no presente, sem investir no futuro, tendem a cair. Categorias de base podem salvar financeiramente e tecnicamente, mas muitos negligenciam essa estratégia.
- Falta de transparência com a torcida: diretoria e torcida em conflito criam um ambiente de pressão insustentável. Isso afeta diretamente o desempenho e mina projetos de recuperação.
Fatores que levam uma equipe a ‘sumir’ da Série A

Equipes que já brilharam na elite do futebol brasileiro, mas não conseguiram manter o nível, acabaram caindo e hoje vivem realidade bem diferente:
- Guarani: tradicional clube paulista, campeão brasileiro em 1978, já foi temido no estado. Hoje luta para voltar à elite.
- Portuguesa: vice-campeã do Brasileirão de 1976 e chamada de “quinta força” de São Paulo, hoje joga divisões inferiores do Brasileiro e Paulista.
- Náutico: hexacampeão pernambucano nos anos 60, teve presença marcante na elite, mas não conseguiu se manter e caiu para divisões inferiores.
- Santa Cruz: dono de uma torcida apaixonada e história rica, caiu nas últimas temporadas e tenta se reerguer; atualmente disputa divisões menores.
- Sport: apesar de estar na Série A, vive altos e baixos históricos. Atualmente ocupa a lanterna da competição, após campanhas irregulares.
- Bangu: vice-campeão em 1985, não conseguiu se consolidar na elite e vem acumulando campanhas modestas até no estadual.
- São Caetano: já finalista de competições nacionais, hoje amarga rebaixamentos no Paulistão desde 2023 e vê a torcida cada vez mais frustrada.
Uma nova esperança para quem subiu para a Série A
Manter-se na elite do Campeonato Brasileiro é uma tarefa árdua. Confrontos equilibrados, pouco tempo para treinar e longas viagens pesam, especialmente para clubes modestos.
Quem não investe em reforços e não administra bem as finanças vive o eterno sobe e desce de divisões.
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Mirassol como exemplo
Entre os recém-chegados, o Mirassol tem surpreendido. Com futebol sólido, ataque eficiente e defesa bem postada, ocupa a 7ª colocação da Série A com 35 pontos em 20 jogos — nove vitórias, oito empates e apenas três derrotas, alcançando 58% de aproveitamento.
O elenco mescla experiência e juventude. Nomes como Reinaldo — ex-São Paulo e Grêmio — são fundamentais para a campanha surpreendente.
O recado final
Clubes tradicionais como Ponte Preta, Guarani, São Caetano e Santa Cruz precisam de planejamento forte para sobreviver. Crises financeiras continuam derrubando clubes históricos.
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Nesse cenário, a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) surge como solução viável para muitos. Cruzeiro e Botafogo são exemplos recentes de recuperação com o modelo. Hoje, o Botafogo disputa títulos nacionais e internacionais, enquanto o Cruzeiro voltou a ser competitivo, brigando na parte de cima da tabela.
A mensagem é clara: sem gestão profissional e investimento estratégico, até grandes clubes podem desaparecer da elite.