Ainda em ativa no futebol profissional com 40 anos, tendo sido recentemente contratado pelo União Luziense, da terceira divisão mineira, o lateral-direito Ceará reviveu várias histórias com a camisa do Inter em entrevista concedida nesta terça-feira ao canal Vozes do Gigante, do YouTube.
Campeão da Libertadores e do Mundial em 2006, bem como da Recopa Sul-Americana em 2007, Ceará viveu o outro lado da moeda ao voltar ao clube dez anos depois. Ele relembrou o processo tumultuado de sua contratação quando ainda estava no Coritiba e apresentou uma contratura muscular na hora da assinatura:
“Confiei na palavra do Piffero. Mas no exame deu uma contratura. Daí ele quis cancelar meu contrato e minha contratação. Seriam apenas 15 dias para curar. Eu entendi que eles estavam me contratando como forma de apaziguar a situação com a torcida. Tive de me humilhar ao Piffero para poder me tratar no clube”, lamentou.
Ceará ficou em 2017
Apesar da queda à Série B em 2016, Ceará seguiu no clube no início da temporada seguinte já sob comando do técnico Antônio Carlos Zago, a quem reclamou a falta de oportunidades no time.
“Aqueles que caíram para a Série B não prestavam mais para quem chegou. William estava lesionado, Junio não podia jogar. Colocaram o Danilo Silva na lateral. Eu perguntei para o Zago: “Será que sou tão ruim assim, que nem banco fico?'”.
Ele ainda citou a forma como o seu ex-colega Índio foi demitido pela gestão atual da pasta de Relacionamento Social:
“Vocês viram a forma que o Índio foi demitido do clube? Então… é isso que deixa os atletas chateados. O Inter é muito grande. Existem pessoas que estão no comando do clube que não são dignas de estar ali. Dias antes de minha rescisão eu falei algumas verdades. E as verdades nem sempre são bem aceitas. Mas o clube é maior que qualquer pessoa ou dirigente”, disparou.
Após rescindir com o Inter no meio de 2017, Ceará acertou com o América-MG, que foi o campeão da Série B neste ano.