Em entrevista concedida nesta semana ao jornalista Farid Germano Filho, o ex-vice de futebol do Grêmio, Paulo Caleffi, revelou como ficou a relação com o presidente Alberto Guerra, que o demitiu há alguns meses por conta de “desalinhamento” na condução do departamento de futebol. Caleffi ainda espera ter uma conversa com o mandatário e garantiu não ter mágoa alguma.
“Aprendi que não devemos ter má vontade com quem em algum momento fez algo por nós. Se hoje estou dando esta entrevista e estive no cargo de vice de futebol do Grêmio, isso se deve ao Alberto Guerra. Esses desalinhamentos, que foi a expressão que ele utilizou, ainda que eu não saiba bem, eu ainda penso que o clube é maior que todas as pessoas. Mas não é maior que as relações que nós construímos ao longo da vida”, disse Caleffi, antes de ampliar:
“Se tu me perguntar se um dia eu espero ter uma conversa com o Guerra, isso te respondo com tranquilidade: espero. Que a gente possa conversar. Não para ele se justificar, mas que a gente possa conversar como bons gremistas. Ele, como presidente, tem a minha torcida. Desejo que o presidente Guerra entre mais para a história do que já entrou”.
Grêmio não buscou substituto
Após a demissão de Caleffi, a decisão do presidente do Grêmio foi de “subir” o então diretor Antônio Brum para o cargo de vice de futebol, sem empossar algum novo dirigente.
“Eu acredito que nada na vida é definitivo. A gente nunca sabe o dia de amanhã. Eu tenho diariamente uma lição de vida com a minha mãe e já falei publicamente sobre isso sobre o transplante renal que aguardou fazer. A vida é uma construção diária e não tenho problema com ninguém. Jamais vou virar as costas para alguém que sinalize querer diálogo comigo. E o presidente Guerra sem dúvida não vai ser diferente”, finalizou Caleffi.