Diretor-executivo de futebol do Inter entre maio de 2018 e dezembro de 2020, Rodrigo Caetano, hoje no Atlético-MG, concedeu entrevista nesta sexta-feira à Rádio Gre-Nal falando sobre montagens de equipe, “processos” no futebol e protagonismo – protagonismo que, segundo ele, o Inter vinha tendo durante as competições sob a sua gestão.
“Quase em todas as competições o Inter foi protagonista, e ser protagonista é ser candidato ao título. Infelizmente aqui temos a cultura que o segundo lugar é como se fosse o último. Inter estava sendo protagonista, com classificações para a Libertadores, vice da Copa do Brasil e depois vice do Brasileirão depois da minha saída. São processos e de construções. O processo fala mais do que as pessoas. Quando você tem continuidade, com ajustes e correções, você se aproxima da possibilidade de vencer. O Inter era inicial o processo vindo da Série B. Logo em 2018 chegamos em 3° no Brasileirão. Aqui no Galo o processo já tinha iniciado, fizemos ajustes. E as coisas seguem dando certo”, declarou.
Provocado pelo comentarista Pato Moure, que disse estar sentindo que o Inter vencerá domingo no Mineirão, Rodrigo Caetano repercutiu a situação e projetou a estreia no Brasileirão, 16h, sem nenhum tipo de favoritismo:
“Espero que a sua intuição esteja equivocada e não vejo favorito em um clássico assim. Prevejo jogo duríssimo. O Galo é muito forte em casa, não serei hipócrita. Lembro do jogo do ano passado, quando o Inter fez um grande jogo aqui e por justiça merecia outro resultado. Mas foi uma vitória importante para nós arrancarmos pro título brasileiro. Os dois times vêm de longas viagens e não chegam no ápice de sua condição. Espero que a nossa equipe tenha competência para vencer, mas não vamos entrar nessa história de que existe favoritismo em primeira rodada do Brasileirão”, acrescentou.
Na parte final da entrevista, o dirigente do clube mineiro confirmou que o Galo fez proposta oficial por Edenilson em janeiro:
“Teve uma consulta, teve uma proposta e teve interesse em janeiro. O Inter foi claro em dizer que não teria interesse em se desfazer dele. Gosto dele como jogador, como figura humana, pai de família. Você monta um planejamento baseado nas suas possibilidades. Naquela época ainda não tínhamos trazido o Otávio. Lá em julho novas movimentações vão acontecer. Não posso dizer nunca. Mas hoje não existe a chance”, concluiu Caetano.