
A Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, tem apresentado nos últimos dias uma série de nomes de jogadores, inclusive de Série A do Brasileirão, envolvidos em manipulação de apostas esportivas. O esquema preocupa a CBF, que, por sua vez, não planeja interromper as suas competições enquanto as investigações avançam.
“Não temos como suspender o Brasileirão. Não é (acusação) de um dirigente, não é de um presidente de clube, não é de um árbitro. Isso está sendo de atletas. A CBF espera que tenha um rigor de quem está fazendo as apurações. A CBF não tem poder de polícia e Justiça”, declarou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em entrevista publicada pelo UOL.
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A denúncia do MP-GO acusou 16 pessoas de envolvimento na manipulação de lances em oito jogos da Série A de 2022 – na maioria deles, os jogadores eram procurados antes dos jogos para receberem cartões em troca de dinheiro. Nomes conhecidos como Eduardo Bauermann, Paulo Miranda, Vitor Mendes, Nino Paraíba, entre outros, constam na lista.
A CBF já possui contrato em andamento com uma empresa de monitoramento de apostas em sites, mas avalia construir com a Fifa uma rede mais ampla de investigação e segurança. Os clubes, em breve, deverão ser chamados para uma conversa.
“Quero mostrar a documentação com a Fifa. As medidas que a CBF pode fazer, a contribuição para inibir a situação. Já agora na próxima reunião envolvendo clubes das Séries A, B, C. Eles estão em atividade, então podemos fazer por videoconferência. Mostrar o que é feito e todas as providências que estão sendo tomadas”, concluiu Rodrigues.
Rodada do Brasileirão
Mantida, a rodada do Brasileirão desta quarta-feira tem jogos da dupla Gre-Nal. O Inter encara o Athletico em casa às 19h, enquanto o Grêmio visita o Palmeiras às 21h30.