Em uma longa entrevista concedida à Rádio Bandeirantes nesta segunda-feira, o presidente Alessandro Barcellos admitiu que o seu trabalho está “incompleto” no Inter e que isso só mudará quando conseguir conquistar títulos. Ele ainda valorizou a fase atual de arrancada positiva no Brasileirão e respondeu se houve “demora” na saída de Eduardo Coudet para a contratação de Roger Machado:
Momento vivido pelo Inter
“É um momento importante. De retomada de um futebol com desempenho e também resultado. Isso é fundamental para que a gente tenha essa reta final do Brasileirão em evolução, garantindo a classificação à Libertadores da América, que é um torneio importantíssimo para o clube”
As dificuldades do começo da temporada
“Tivemos um primeiro semestre muito difícil em termos de resultado de campo. Não era o que projetamos para esse ano, pelo elenco que montamos e pelo trabalho que se organizou. Não é desculpa, mas não podemos desconsiderar o tema das enchentes. O Rio Grande do Sul, como um todo, sofreu. Isso afetou. Coincidência ou não, desde que voltamos ao nosso CT não perdemos nenhuma partida”
Demorou a tirar Coudet e trazer Roger
“Você não tem como prever, existiam outras situações. Naquele momento, o Roger fazendo um bom trabalho no Juventude, será que sairia do Juventude? Bom, se não fosse o Roger, seria outro treinador. Um treinador que não conhecia o ambiente que a gente vivia aqui, treinando fora, jogando fora de Porto Alegre, treinando sem o Beira-Rio, treinando longe do nosso CT. Será que um treinador português ia entender essa realidade? Ia chegar aqui com a escola portuguesa, que é sempre elogiada por todos? Ou será que a gente ia trazer outro treinador de fora argentino com a perspectiva de chegar aqui num ambiente totalmente adverso? Não sei, era outro ambiente. Então é difícil de fazer esse prognóstico”
O trabalho da direção do Inter até aqui
“O futebol é feito de vitórias e de conquistas. Quando você não tem vitórias e conquistas, você deixou o seu trabalho incompleto. Nós estamos com o nosso trabalho incompleto. E temos que reconhecer isso. E sabemos, e sempre tratamos isso de uma forma transparente. Fizemos, e estamos fazendo de tudo, mas de tudo mesmo, para a gente voltar a conquistar. Agora, não conquistamos e, portanto, as críticas, elas têm fundamento”
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