
O Inter está a poucas horas de oficializar seu novo comando técnico e, no centro do noticiário, uma opinião mexeu com o ambiente: o jornalista Fabiano Baldasso afirmou sentir “alívio” com a escolha por Ramón Díaz e detalhou bastidores que, segundo ele, mudaram o rumo da busca no Beira-Rio.
No programa Meia Hora, sem seu canal do YouTube onde compartilha a live simultaneamente com o canal de Alex Bagé, o jornalista apontou que a preferência de parte do vestiário e a influência de Andrés D’Alessandro pesaram para que o argentino de 66 anos ganhasse força sobre Luiz Zubeldía. Para Baldasso, a chegada de um treinador “tarimbado” reduz o risco de atritos imediatos em um elenco pressionado após o Gre-Nal 448.
Segundo Baldasso, embora Ramón Díaz não seja um nome que cause entusiasmo imediato, o peso de seu currículo traz uma sensação de segurança. Para o comunicador, a escolha evitou que o clube apostasse em uma alternativa considerada arriscada e sem histórico consistente no futebol sul-americano.
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Inter aposta na experiência de Ramón Díaz para reagir no Brasileirão
Durante o programa, Baldasso detalhou seu ponto de vista sobre a chegada do treinador. Para ele, a bagagem internacional do argentino pesa a favor e pode dar estabilidade a um Inter fragilizado após a derrota no Gre-Nal e a saída de Roger Machado.
“Não é o técnico dos meus sonhos, mas eu estou aliviado. O fato de ter um treinador de estofo e com história, que evita a vinda de um aventureiro sem currículo, me causa alívio sim. Eu vou dormir aliviado com o nome de Ramón Díaz para ser o técnico do Inter”, comentou Fabiano Baldasso, no programa.
A relação próxima entre Ramón Díaz e Andrés D’Alessandro também foi destacada por Baldasso como fator positivo. O ex-camisa 10 colorado é visto como aliado do novo treinador e sua influência teria pesado na escolha final.
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Agora, a expectativa é sobre a estreia do argentino no comando colorado, caso chegue a tempo de treinar e ter documentações registradas na CBF, a estreia é prevista para o próximo sábado contra o Juventude, em Caxias do Sul, pelo Campeonato Brasileiro. O desafio inicial será corrigir os problemas defensivos da equipe, que tem a segunda pior defesa da competição.
Com a troca, a diretoria espera encerrar a instabilidade e ainda buscar vaga na pré-Conmebol Libertadores de 2026. A pressão, no entanto, será imediata, já que o Inter terá confrontos diretos contra adversários da parte de cima da tabela nas próximas rodadas.
Sobre o currículo e histórico de Ramón Díaz
“Ramón Díaz que é um treinador que tem um currículo absurdamente maravilhoso. Ele é uma múmia, ele ganhou título como treinador em tudo que é lugar, na Argentina, ganhou lá nas Arábias. Ele é um monstro no que diz respeito ao seu currículo. A grande questão em relação ao Ramón Díaz, é o momento. Ele tem 66 anos de idade. Não que idade defina alguma coisa, mas até por uma questão de preconceito, talvez, um técnico ultrapassado. Ele treinou o Olimpia agora, sete jogos e saiu. Eu tenho muita curiosidade, já botei meus cães farejadores, meus repórteres, para buscar informação do que aconteceu lá no Olimpia, para ele treinar só sete jogos”, comentou Baldasso.
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Bastidores do Inter: preferência por Ramón Díaz e recuo em Zubeldía
Baldasso sustentou que, internamente, o processo começou com Zubeldía como alvo da direção, mas gerou “alvoroço” no grupo e em D’Alessandro, o que fez Ramón Díaz ganhar tração. Na leitura do jornalista, a prioridade no momento é evitar choque com lideranças do elenco e estabilizar o ambiente para a reta final do Brasileirão. Ele também afirmou que conselheiros e integrantes do Conselho de Gestão participaram do debate — e que o diretor esportivo D’Alessandro “sai fortalecido” pela convergência com a preferência de parte do vestiário.
Sobre o alívio por ser Ramón Díaz
“Estávamos por contratar um ‘maluco’ que iria fazer uma bagunça no Inter com todos os riscos do mundo e sem currículo nenhum! Então, diante disso, aquilo que não me entusiasmava, agora me alivia. A gente vai buscando informações. Dizem muito por aí que, na verdade, quem treina é o filho dele. Eu acho difícil se estabelecer sem ter mais informações sobre isso. Não sei como é que funciona. O fato é que eu tô aliviado. O fato de ter um técnico de estofo e isso ter evitado que viesse alguém, um aventureiro, me causa um alívio sim. Eu vou dormir aliviado com o nome de Ramón Díaz pra ser o técnico do Inter.”
Segundo Baldasso, a escolha por um perfil mais conservador e pragmático facilita a aterrissagem imediata: arrumar a fase defensiva, baixar o número de gols sofridos e devolver confiança a um grupo fragilizado. O comentarista projeta que, num primeiro momento, o trabalho foque em fechar espaços laterais e reduzir cruzamentos perigosos, problemas recorrentes citados por ele nos jogos recentes.
Ainda de acordo com sua análise, o timing da decisão também conta: a direção teria “agido rápido” para evitar a sensação de vazio pós-Gre-Nal e permitir que o novo treinador já treine no Beira-Rio nesta semana, iniciando ajustes antes da rodada do fim de semana. O desafio, porém, é imediato: pouco tempo de treino, agenda apertada e um recorte de 15 rodadas para reagir na tabela.
No plano político, Baldasso interpreta a chegada de Ramón Díaz como uma “cartada final” da gestão atual para redesenhar a fotografia do grupo até 2026. O movimento, na visão dele, responde à necessidade de um nome de estofo, capaz de pacificar o vestiário, segurar a pressão e entregar resultados de curto prazo — sem fechar portas para ajustes de elenco ao fim do ano.
“O técnico era o Zubeldia. O técnico da direção do Inter era o Zubeldia. O que causou um alvoroço no grupo de jogadores e no D’Alessandro. O D’Alessandro é o cara que sai mais fortalecido desse processo como um todo. O D’Alessandro pela relação que tem com ele e por entender certamente junto do grupo de jogadores que havia uma possibilidade muito grande de dar problema. Tudo o que não se precisa neste momento é problema”, disse Baldasso.
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