Baldasso critica jogadores do Inter: “Não abriram mão de um centavo até agora”

Desligado da pasta de Relacionamento Social do Inter nesta semana, o jornalista Fabiano Baldasso fez duras críticas à postura dos jogadores em não estarem “cedendo” neste período de crise do coronavírus. Ele lamentou a demissão de 44 funcionários no Beira-Rio e avaliou que o elenco poderia ter liderado algum tipo de iniciativa para evitar a situação.

“Eu não vi nenhum movimento dos jogadores do Internacional para mudar o atual cenário e abrir mão de alguma coisa. A única coisa que foi feita até agora é que eles vão deixar de receber o direito de imagem por três meses, mas vão receber lá adiante. Os jogadores do Inter não abriram mão de um centavo até agora”, disparou em seu canal no YouTube, antes de concluir:

“Quero fazer um cálculo rápido. As 44 demissões desta semana fizeram o clube economizar cerca de R$ 250 mil por mês. Uma decisão dolorida e que sei que tem gente no Beira-Rio que não tem dormido por essa decisão difícil. Mas e aí? E os jogadores? Nessa hora, todo mundo é vilão. Mas quem tem que ser cobrado não é cobrado. A folha do Inter hoje é de R$ 7 milhões. Se os atletas abrissem mão de 5% dos seus salários, teríamos uma economia mensal de R$ 350 mil. E não precisaria ter sido feito o que fizeram nesta semana”.

Por fim, Baldasso faz elogios ao elenco e reafirma que confia em títulos ainda em 2020, mas mantém o tom crítico.

“Acho esse grupo do Inter maravilhoso, quero ganhar títulos com eles esse ano, com grandes figuras humanas, com trabalhos sociais importantes. Acho que foram profissionais ao ficarem em casa se cuidando. Mas queria ver essa iniciativa (…) Pô, vamos abrir mão de alguma coisa, c…”.

Em nota oficial no mesmo dia que demitiu os 44 funcionários, o Inter detalhou como vem encarando a crise e garantiu ter entrado em acordo com os atletas para a redução de pagamentos e que “em comum acordo com o grupo de jogadores, o Internacional realizou repactuações significativas para o período de interrupção das atividades – e que, por questões contratuais de confidencialidade, não podem ser detalhadas”.

 

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