
Em comentário feito na Rádio Imortal, o jornalista Alex Bagé reviveu um tema que ainda provoca debate entre os gremistas: a saída do clube do Estádio Olímpico Monumental, no final de 2012. Segundo ele, essa foi uma das decisões mais prejudiciais da história recente do Grêmio, agravada por um contrato considerado nocivo com a gestora da Arena.
“A maior m… que o Grêmio fez foi sair do Estádio Olímpico. Olhem como o presidente Fábio Koff estava à frente do tempo dele”, afirmou Bagé, com veemência.
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A mudança para a Arena do Grêmio, localizada no bairro Humaitá, aconteceu em definitivo durante o ano de 2013, mas antes, ainda em 2012, contou com a inauguração no dia 8 de dezembro em amistoso contra o Hamburgo, da Alemanha. Desde então, o clube nunca foi proprietário do novo estádio, apenas um usuário sob contrato com a Arena Porto-Alegrense, empresa ligada à OAS — e esse detalhe segue sendo motivo de críticas de torcedores, conselheiros e jornalistas.
Alex Bagé diz que contrato da Arena é “maldito” e cita Koff como defensor da história do Grêmio
Bagé destacou que o ex-presidente Fábio Koff tentou intervir para suavizar os termos do contrato original da Arena, o qual classificou como “maldito”. Segundo ele, foi graças à atuação de Koff que o Grêmio ainda mantém a posse da área onde está localizado o antigo Olímpico, no bairro Azenha, em Porto Alegre.
“O Koff, quando assumiu, fez a famosa frase: ‘A Arena não é do Grêmio’. Ele estava chamando atenção para algo real. E o contrato era mais maldito ainda. Ele ficou um pouco menos maldito pela intervenção do Koff”, disparou o jornalista.

Koff retornou à presidência em 2013 com um discurso centrado na recuperação do protagonismo do Grêmio dentro e fora de campo. Na época, ele contestou publicamente a falta de autonomia do clube sobre o novo estádio e exigiu mudanças contratuais, especialmente após descobrir inadimplências e falhas na prestação de serviços por parte da Arena Porto-Alegrense.
Para Bagé, o legado de Koff vai além das conquistas — ele é responsável por preservar a identidade gremista: “Ele que fez o Romildo ser conhecido no meio do futebol e ele que merecia ter uma estátua. Tinha que ser maior que a Arena. Aquela área do Olímpico só é do Grêmio ainda por causa do Koff”.
Em nota oficial publicada nesta semana, o clube manifestou “inconformidade” com falhas da Arena, como longas filas virtuais para compra de ingressos e acesso complicado ao estádio — além da má qualidade do gramado, que foi refeito às pressas antes do jogo contra o Santos, vencido por 1×0, mas com desempenho abaixo do esperado. Para muitos torcedores, a Arena virou sinônimo de distância entre clube e torcida, com preços altos, estrutura limitada e pouca representatividade.