
Com contrato assinado até dezembro de 2022, Diego Aguirre recomeçou nesta segunda-feira o seu trabalho no Inter exatamente seis anos depois da interrupção em agosto de 2015. O primeiro contato com os jogadores será na reapresentação nesta terça-feira, mas, antes disso, o treinador aproveitou a coletiva de imprensa para passar algumas das suas ideias.
- Aguirre quer um time “intenso, dinâmico e com pressão”, mas que mantenha as raízes históricas do futebol do Inter
- Ele declarou que “obviamente não foi um jogo bom” em relação a Inter 1×1 Ceará neste domingo
- Perguntado sobre um eventual convite da Seleção do Uruguai, deixou claro que quer cumprir todo o contrato com o Inter
- Admitiu que a direção já o alertou de possíveis novas vendas de jogadores durante a temporada
- Celebrou a chegada de Paulo Paixão e enalteceu o histórico vitorioso do novo coordenador da preparação física do clube
- Disse que as críticas à preparação física dos seus times só aconteceram no Inter em 2015, mesmo tendo passado por outros grandes clubes
- Comentou que conta tanto com os experientes do elenco, que são as atuais lideranças, como também com os jovens jogadores, valorizando a “mescla” no plantel
- Se mostrou satisfeito com a qualidade do elenco e lembrou do vice-campeonato nacional há alguns meses
- A prioridade, segundo o treinador, será recuperar a “identidade” de time
- Lembrou o “histórico bom” em Gre-Nais, mas pregou o foco no “presente” e já na Chapecoense, quinta-feira, 19h, fora de casa
A íntegra da entrevista de Aguirre:
As principais aspas da entrevista do treinador uruguaio do Inter:
FELICIDADE EM VOLTAR AO INTER:
“Estou muito feliz de voltar para casa. Internacional abriu as portas para mim quando era menino. 2015 aconteceu novamente como treinador. Ficaram algumas coisas grandes e boas por fazer. Tenho muita confiança na equipe. Temos que recuperar nossa identidade. Temos um plantel muito bom, com jogadores de qualidade. Há alguns meses foram vice-campeões nacionais. Temos que ter foco, determinação e rapidamente voltar ao nosso nível”
O TRABALHO NO INTER EM 2015:
“Fizemos um grande trabalho em 2015. Ganhamos o Campeonato Gaúcho nas finais com o Grêmio, chegamos às semifinais da Libertadores. Lançamos muitos jogadores jovens. William, Geferson, Valdivia, Sasha, o próprio Alisson. Tenho muitas lembranças boas. Claro que teria sido marcante se tivéssemos vencido aquela Libertadores. Foi uma grande passagem”
POUCO TEMPO PARA TREINAR:
“Vamos tentar aproveitar o tempo ao máximo. No começo serão 24h trabalhando dentro e fora do Clube. Temos que transmitir rapidamente as nossas ideias, seja no campo, vídeos ou palestras”
COMO SERÁ O INTER DE AGUIRRE:
“Gostaria de ser um time protagonista, de pressão, de dinâmica, que joga um bom futebol, mas também que tenha a identidade. Que não perca coisas que tem de muitos anos. O torcedor se sente identificado quando o time luta, vai para cada bola. Isso não pode faltar”
CRÍTICAS À PREPARAÇÃO FÍSICA:
“Incrivelmente foi só aqui (críticas ao preparo físico). Às vezes são informações que viram verdade, mas em todo momento me senti muito tranquilo. Nós trabalhamos só em times grandes e tivemos elogios de trabalho geral, físico e tático. Se o time não joga bem, sou eu o culpado”
GRE-NAIS:
“Sabemos a importância dos Gre-Nais. Meu histórico é bom. Lembro coisas muito boas. Tentaremos manter esse histórico e obviamente sabemos da importância. Ainda não é tempo de pensar nisso. Temos que pensar no jogo de quinta”
POSSÍVEL SAÍDA PARA A SELEÇÃO DO URUGUAI:
“Eu estou absolutamente focado no Inter. Não gosto de falar de coisas que podem acontecer. Estou feliz de estar aqui. Não penso em outra coisa além de ficar no Inter até o final do contrato. Não há nada além do pensamento de estar aqui no Inter. Estou feliz”