
Impulsionado pela parceria da ISL em 2000, que posteriormente se resultou fracassada, o Grêmio trouxe nomes de impacto para aquela temporada, como, por exemplo, o ex-volante argentino Leonardo Astrada. Ele, no entanto, não conseguiu ter a sequência esperada no tricolor e hoje admite não ter jogado bem nas raras oportunidades que teve.
Astrada chegou ao Grêmio praticamente junto com o centroavante e seu amigo Gabi Amato, mas a adaptação ao futebol brasileiro foi demorada e a própria aceitação à proposta gremista teve certa resistência.
“Eu estava de férias quando recebi a proposta do Grêmio. Me deram três dias para pensar. Nisso, me liga o Gabi Amato: ‘Vamos ao Grêmio?’. Ele tinha recebido oferta também. De início, queria ficar no River Plate, mas eles não quiseram me dar um contrato longo. Em Porto Alegre, teria três anos. Eu tinha uma filha pequena na época e não queria fazer todo o processo de mudança. Como o River não cobriu a proposta, aceitei”, disse o ex-volante em entrevista ao canal do jornalista Filipe Gamba, no YouTube.
“A realidade é que não joguei bem no Grêmio. Nas vezes que tive oportunidade, não fui bem. Mas devo ter jogado 10, 15 jogos. Eu sempre tive dificuldade em entrar em ritmo de jogo. Demorava a estar pronto. Quando cheguei, fiquei no banco com Emerson Leão e fui jogar dois jogos da Sul-Minas. Em seguida, tive um problema no adutor”, acrescentou.
Astrada não quis seguir no Grêmio
Ciente de que não estava rendendo o esperado, Astrada optou por não seguir no Grêmio em 2001 e voltou ao River Plate. Dos colegas que tinha no Olímpico em sua época, um dos que mais lhe chamava a atenção era o também volante Eduardo Costa:
“Na época tinha o Eduardo Costa surgindo. Era um excelente jogador. Eu perguntava: ‘Por que foram buscar a mim se já tinham esse volante?’. Depois, Celso Roth, que assumiu, disse que queria que eu ficasse para o outro ano, mas disse não. Eu precisava jogar ou teria que encerrar a carreira. Já passava dos 30 anos e se seguisse sem jogar eu não conseguiria mais continuar. No outro ano voltei ao River”, ampliou.
Anos depois, Astrada se tornaria treinador e se sagraria vice da Copa Sul-Americana de 2008 comandando o Estudiantes contra o Inter, no Beira-Rio. Hoje, é comentarista esportivo na Argentina.