Arthur voltou ao Grêmio com um discurso marcado por humildade e reconhecimento. O volante fez questão de destacar que precisa mais do clube do que o clube dele. A fala reforça o vínculo emocional que mantém com o Tricolor e a disposição em contribuir sem vaidade.
O jogador também agradeceu a todos os envolvidos na negociação e garantiu que está pronto para se sacrificar pelo clube. Segundo ele, o carinho que recebe da torcida e dos funcionários é combustível para sua dedicação.
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Eu preciso muito mais do Grêmio do que o Grêmio de mim.
“Não, eu acho que… Eu tenho… Eu sou muito mais… Eu preciso muito mais do Grêmio do que o Grêmio de mim. Como eu falei, o futebol são 11 e mais… Todo o pessoal que faz parte do elenco, que no final entram 11 em campo, mas outras pessoas também são muito importantes para esse dia a dia. Então, eu sou muito grato ao Grêmio. De maneira alguma, eu acho que o Grêmio precisava mais de mim do que eu do Grêmio. Não, de forma alguma. Nunca se passou isso na minha cabeça. Eu acho que eu preciso muito mais do Grêmio do que o Grêmio de mim. Mas venho a somar, minha intenção é somar, ajudar, como eu falei antes, não venho achando que eu sou melhor que ninguém, que de maneira alguma venho para trabalhar, para somar, com muita humildade, um pezinho no chão, porque como eu falei, futebol é jogo após jogo, então sou muito feliz, agradeço a todos que se esforçaram nessa operação por me trazerem de volta. Era o lugar que eu queria estar. Então, também deixar mais uma vez um agradecimento a todas essas pessoas que fizeram isso possível. E minha intenção é me doar, me sacrificar pelo Grêmio. E esse carinho é muito especial dentro de mim. E o que eu puder ajudar o Grêmio não vai… Não vai faltar motivação, dedicação. E é isso”, afirmou Arthur.
Condição física e aprendizados com as lesões
Arthur também falou sobre sua condição física atual. Ele revelou que participou da pré-temporada da Juventus, mas não chegou a disputar jogos oficiais. O volante reconheceu que ainda precisa recuperar ritmo de jogo, mas garantiu estar bem fisicamente.
O jogador aproveitou para refletir sobre os momentos difíceis que viveu com lesões na Europa. Segundo ele, essas fases foram importantes para seu amadurecimento e para entender melhor como cuidar do corpo.
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“Então, vim treinando, fiz toda a pré-temporada com a Juventus, todos os treinamentos, mas não fiz nenhum jogo oficial ainda. E também nessa transição de assinar contrato, não assinar, nesse período que a gente começou a conversar, depois, obviamente, você precisa de um tempo para fazer a mudança. Então, fiquei alguns dias sem treinar, mas fisicamente me encontro bem, nenhum ponto especial para se tocar. Obviamente, falta um pouco de ritmo de jogo, porque eu não fiz nenhum jogo oficial na Juventus. Então, falta um pouquinho esse ritmo de jogo, mas estou trabalhando dia a dia para recuperar esse ritmo de jogo, física o mais rápido possível para tentar estrear também o mais rápido possível. E acho que foram alguns momentos difíceis, tive algumas fases diferentes também, muito boas, algumas um pouco complicadas, mas acho que nas lesões é onde você realmente aprende mais. Tentei tirar todo o lado negativo e focar só no positivo das lesões, que era onde eu conseguia me preparar mais, o que eu poderia melhorar para não voltar a se lesionar. E foram essas coisas que eu tentava tirar de lição de cada lesão. E também minha família, todos os profissionais desses clubes que me ajudaram, sou muito grato a eles. E é isso, como eu falei, acho que hoje, por tudo isso que eu passei, seja de lesões ou seja de boas atuações dentro de campo, enfim, sou um profissional, uma pessoa, um filho, muito, muito melhor hoje”, disse.
Posição em campo e confiança em Mano Menezes
Arthur comentou sobre sua posição em campo e a possibilidade de atuar mais avançado. Ele relembrou que no Barcelona jogava mais próximo do ataque, mas afirmou estar preparado para atuar em qualquer função no meio-campo.
O volante ainda não conversou com Mano Menezes sobre seu papel tático, mas demonstrou total confiança no treinador e disposição para ajudar onde for necessário.
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“Acho que logo quando eu saí do Grêmio fui para o Barcelona. Ali eu jogava um pouco mais adiantado do que eu jogava ali. Ajudava muito mais o ataque do que a defesa. Mas, como eu falei, me sinto bem para jogar em todas essas funções no meio campo. Não vejo problema algum em isso. Mas também quem vai decidir isso vai ser na semana de treinos, obviamente, Mano também, que é um cara que entende muito bem o futebol, já foi demonstrado, não precisa provar mais nada para ninguém, porque toda a sua carreira fala por si só. Então, total confiança nele. Então, acho que não tem problema isso nessas posições, estou preparado. E o mais importante é que muita vontade de ajudar o Grêmio”, comentou.
Profissionalismo e legado europeu
Arthur destacou o profissionalismo como principal aprendizado da sua passagem pela Europa. Ele contou que aprendeu a cuidar do corpo, a se preparar antes dos treinos e a manter disciplina fora de campo.
O volante também valorizou a convivência com grandes nomes do futebol mundial, que contribuíram para sua evolução como atleta e como pessoa.
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“Acho que o primeiro de tudo que eu mais aprendi fora foi o profissionalismo. O profissionalismo de cada atleta em chegar antes do treino e fazer todo o trabalho de academia, enfim, todo o trabalho que for passado para fazer antes de entrar no campo, você se cuidar também fora de campo. Então, acho que esse profissionalismo foi o que mais me marcou quando eu cheguei fora, quando eu cheguei na Europa. Tive o grande prazer de estar com pessoas… craques e craques e lendas do futebol, então acho que foi muito importante para a minha aprendizagem e também com muita humildade aprendi com eles, né? Obviamente aprendi com eles, sou grato a eles por muitos tentaram e me ajudaram de verdade nesses pequenos detalhes. Então acho que o que mais me marcou fora foi esse comprometimento”, afirmou.
Reencontro com Kannemann e vínculo com o elenco
Um dos momentos mais emocionantes da entrevista foi o reencontro com Walter Kannemann. Arthur relembrou que o zagueiro foi uma das pessoas que mais o ajudaram quando subiu ao profissional e destacou o caráter do companheiro.
O volante disse estar feliz por reencontrá-lo e acredita que Kannemann seguirá sendo uma referência dentro e fora de campo.
“O Kanneman é um ídolo do Grêmio, né? Eu, quando eu subi profissional, o Kanneman já estava e foi uma das pessoas que me ajudaram muito. Nossa, ele me ajudou muito, muito, muito. Sou muito grato a ele. Eu o admiro muito pelo seu caráter, né? Aquela pessoa que entra dentro de campo e entrega tudo e mais um pouco. Então, isso marca a diferença. Marca a diferença. Então, estou muito feliz em poder voltar e reencontrá-lo. Continua a mesma pessoa. Até brinquei com ele, não mudou nada. E feliz, feliz por sair e voltar. Tenho certeza que ele vai poder me ajudar muito também, seja em todas as questões, dentro e fora de campo, porque é uma pessoa super do bem, é uma pessoa trabalhadora, guerreira. Então, feliz por tê-lo aqui também de volta”, disse Arthur.
Decisão de voltar e bastidores da negociação
Arthur encerrou a entrevista falando sobre o processo de decisão que o trouxe de volta ao Grêmio. Ele revelou que a negociação foi longa e exigiu esforço de todas as partes envolvidas. O volante agradeceu aos dirigentes e destacou que tudo foi feito com diálogo e respeito.
O jogador também mencionou a ansiedade que sentiu durante o processo e comemorou o desfecho positivo.
“Então, essa conversa a gente vem tendo há bastante tempo. Por isso que eu falei, deixei bem claro a minha gratidão por todas essas pessoas que fizeram possível eu estar aqui de volta, porque não foi uma negociação fácil. Eu sei que eles ficaram algumas noites sem dormir e eu também, ansioso. Mas… Acho que no final de tudo deu certo, a gente conseguiu resolver da melhor forma possível, na conversa, no diálogo, com caráter, fazendo tudo certo, sem querer tirar proveito de ninguém. Então, acho que foi muito importante. E parabéns, né? Dez anos. Parabéns”, concluiu.
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