Grêmio

Árbitro da Batalha dos Aflitos dá nota 9 para a sua atuação e revela o que pensou no gol de Anderson

Ex-juiz Djalma Beltrami concedeu entrevista nesta semana ao jornalista Duda Garbi, da Rádio Gaúcha

Em meio à tarde abafada nos Aflitos, com reclamações e interesses de ambos os lados, além de uma torcida com nervos à flor da pele na arquibancada, o ex-árbitro Djalma Beltrami garante ter tido muito pulso firme para conseguir concluir em campo Náutico 0x1 Grêmio, na rodada final da Série B de 2005, no inesquecível jogo apelidado de Batalha dos Aflitos.

Em 2020, o jogo completará exatos 15 anos. Mas, especialmente para os gremistas, é como se ele tivesse acontecido ontem. Porque, com sete homens, já que Escalona, Nunes, Patrício e Domingos ganharam vermelho de Beltrami, o Grêmio encontrou forças para fazer o gol, vencer por 1×0 tendo Anderson como herói e voltar de vez à elite.

“Se eu tivesse que dar nota, eu tenho a garantia que fiz uma arbitragem de qualidade, boa. Pela dificuldade que foi, com todos os problemas, da maneira que foi, eu diria que menos de 9 seria injusto. Sem tranquilidade, oração, meditação, eu não terminaria o jogo. Precisamos de muita paciência para que o jogo terminasse”, contou.

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Ex-árbitro ficou aliviado com gol de Anderson

Beltrami admite que esteve perto de expulsar um quinto jogador do Grêmio, algo que, pelas regras, faria com que o clube perdesse o jogo imediatamente. E, assim, permanecesse mais um ano na segundona.

“Não era indiferente pra mim. Eu sabia bem da confusão em si. A vitória do Grêmio amenizava as possíveis críticas. O resultado fala muito pelo jogo e pelas críticas. Quando o Galatto faz a defesa, eu sinto Deus colocar o dedo na minha cabeça. Fico arrepiado mesmo depois de 15 anos. Quando o Anderson faz o gol, eu sinto Deus colocar a mão na minha cabeça. Eu corro pro meio e até brinco com amigos. Se o Anderson rola pra mim, eu mesmo ia fazer o gol. Estava eu e ele no lance bem em cima. Desde a confusão eu estava sempre em cima”, disse, antes de concluir:

“No lance, acontece algo que eu gostaria de ter mudado. Porque o zagueiro do Náutico que vai com o Anderson dentro da área tira o corpo e não toca nele. Eu queria que tivesse tocado. Eu daria o pênalti com mais convicção de toda a minha carreira. Mas quando sai o gol o sentimento é…. porque, com vitória do Grêmio, ficaria tudo mais fácil. Não que eu tivesse a sensação de ter feito alguma coisa errada, mas nunca imaginei que teríamos uma história pra 15 anos depois estarmos conversando. Até hoje eu falo daquele jogo. Nunca acabou pra mim”.

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Para o ex-árbitro, o gol de Anderson “salvou vidas”:

“Aquele gol do Anderson salvou vidas. Porque havia um clima muito tenso no estádio. O gol foi uma maneira de anestesiar os torcedores. Não tinha mais briga, mais cântico, mais confusão, mais nada depois do gol”, concluiu.

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