Andrezinho se diverte com gol-saci e admite decepção com Roth: “Maior frustração da carreira”

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Foi com uma das pernas quebradas que Andrezinho ajudou o Inter a vencer um dos Gauchões mais emblemáticos dos últimos tempos. Lesionado, ele seguiu em campo e fez no rebote de um escanteio – que, em condições normais, ele mesmo bateria – o 2×1 para o Inter contra o Grêmio no Olímpico, em 2011.

No tempo normal, o jogo acabou 3×2 para os colorados, que venceram nas penalidades máximas. A fatídica partida foi tema da entrevista do ex-jogador ao canal Vozes do Gigante, do YouTube.

“É marcante, cara. Depois do gol do Flamengo de falta, foi o mais marcante da minha carreira. De superação. Quando eu recebi a pancada do Rockembach, eu senti uma dor insuportável. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi pedir substituição. Não conseguia correr. Eu tocava na fíbula e os dedos ficavam marcados. Fiquei crente que quebrei a perna. Faltava uns 15 minutos pro intervalo. Chegaram o Bolívar e o Guiñazu em mim: “Fica, cara. Tu é importante”. Isso me deu a confiança. Fui tão predestinado que, se eu não estou fissurado, eu iria bater o escanteio. Mas como eu já estava com muita dor, o Zé Roberto foi bater e eu fiquei no rebote. Acho que os jogadores do Grêmio viram que eu estava mal e nem foram no rebote. Nem consegui comemorar, só me ajoelhei pra dar uma respirada (risos)”.

Andrezinho admite frustração com Celso Roth pelo Mazembe

Titular com Jorge Fossati na Libertadores, Andrezinho acabou perdendo o mesmo protagonismo a partir da chegada de Celso Roth. O meia viajou como reserva ao Mundial e não saiu do banco na inesperada derrota de 2×0 para o Mazembe, do Congo, na semifinal.

“Esse Mundial de 2010 foi o momento mais frustrante na minha carreira. Fiquei muito triste, cara. Assim que o Fossati saiu, eu estava em um momento muito bom. Tínhamos passado toda aquela fase da Libertadores e imaginei várias situações pro Mundial. Ninguém esperava aquele jogo do Mazembe. Deu tudo errado. Me frustrei pela eliminação, já que todos falavam que daria Inter contra Inter. Mas eu tenho uma frustração pessoal de não ter nem entrado, nem participado daquele jogo. Me senti desprestigiado”, disse, antes de concluir:

“O momento pós-derrota vira um cemitério. Silêncio total. E eu sempre respeitei a hierarquia. A pessoa estando certa ou errada… eu sou comandado. Não cabia naquele momento eu questionar alguma coisa. Eu estaria sendo covarde ou tirando o meu da reta cobrando em um momento de tristeza. Mas fiquei muito triste por não ter jogado”.

Além dos Gauchões de 2008, 2009 e 2011, ele venceu pelo Inter a Sul-Americana de 2008, a Suruga de 2009, Libertadores de 2010 e a Recopa Sul-Americana de 2011. Em 2012, acertou transferência ao Botafogo.

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