A parceria do técnico Lisca com o volante Edinho já vem de longa data. Na base do Inter, o treinador, ainda no início dos anos 2000, foi o responsável por tirá-lo do miolo de zaga para o setor de meio de campo. E foi como primeiro homem de meio que o jogador ganhou tudo pelo colorado.
“O Edinho veio pro Inter em 2002, quando o André Luís, ex-zagueiro, que já trabalhava no clube, foi ver um torneio no Rio de Janeiro e gostou dele. E trouxe. Eu era o treinador do time júnior e recebi ele. Ele já era um cara forte. Lembro de um jogo em Santa Cruz do Sul, nos Plátanos, uma chuva que não parava, campo pesado. Ele era zagueiro e eu pensei nele como volante naquela partida, até pra segurar um pouco mais o time. Ele entrou e não saiu mais como volante”, relembrou Lisca, à Rádio Gre-Nal, em live nas redes sociais, neste domingo.
O atual treinador do América-MG também saiu em defesa de Edinho sobre as polêmicas declarações no período em que o volante estava no Grêmio entre 2014-2016. Lisca, que voltou a trabalhar recentemente com ele no Ceará, destacou o profissionalismo do atleta.
“Tem vezes que a imprensa também marca um golaço, como essa entrevista da Rádio Gre-Nal com ele. Algumas vezes acontece de uma declaração ser dada fora do contexto, ganhar uma repercussão. Mas o Edinho sempre foi muito profissional e naquele momento estava defendendo o lado dele, sendo profissional no Grêmio. Mas ele tem uma história linda no Inter, gosta do clube, como ele mesmo falou. Tive a oportunidade de trabalhar de novo com ele no Ceará, quando eu precisava de um jogador mais posicionado no meio de campo. E ele foi, buscamos do CSA, e jogando muito. Ajudando fora de campo e também dentro, jogando muita bola”, colocou.
Antes de Lisca, o próprio Edinho concedeu entrevista à mesma emissora no domingo e admitiu ter se arrependido de ter colocado o 5×0 no Gre-Nal, em 2015, pelo Brasileirão, na Arena, como a “maior conquista da carreira”