Para fazer os jogadores sentirem o calor da torcida e entrarem de vez no clima do clássico, D’Alessandro, hoje diretor esportivo do Inter, mandou o ônibus da delegação parar antes da garagem e “no meio” da torcida na chegada ao Beira-Rio para o último Gre-Nal. Desde então, essa prática virou comum e foi novamente vista nos jogos seguintes em casa contra Flamengo, Criciúma e Fluminense.
Para os jogadores, a ideia foi muito bem pensada por D’Alessandro até para já criar a conexão com a torcida antes do começo das partidas. O atual camisa 10 e craque do time, Alan Patrick, está totalmente de acordo:
“Essa ideia desde o Gre-Nal foi boa demais. Tem sido assim e é bem legal sentir a energia da torcida logo na chegada. A gente entra logo no clima. A gente conta sempre com o apoio deles. Desde a chegada até a hora de aquecer. É um papel fundamental que a torcida tem feito”, disse Alan Patrick, depois da vitória contra o Criciúma.
“O momento é muito bom e a gente procura aproveitar e desfrutar dentro de campo. Queremos fazer valer essa confiança, aproveitar e fazer essa reta final contra rivais difíceis. Nossa equipe está muito preparada e estamos no caminho certo. Manter o pé no chão, com humildade, para terminarmos bem”, acrescentou.
O pensamento de D’Alessandro
Dias depois do Gre-Nal, Andrés D’Alessandro conversou com a Rádio Bandeirantes e explicou a sua atitude de mandar parar o ônibus mais distante do vestiário:
“A minha voz ali é inconfundível. Nem posso falar que não fui eu. Foi espontâneo. Depois de sairmos, ali por umas 14h, chegando no Beira-Rio vimos o torcedor de forma impressionante. Até então, não tinha visto tanto torcedor esperando o nosso time. O ônibus pega uma reta de 30 metros e depois vira para entrar na garagem. Comecei a gritar porque achei que seria legal essa proximidade com os jogadores. Que o torcedor estava passando essa energia. Achei que seria diferente e gritei”, justificou.