
Com o habitual semblante calmo e respostas articuladas, sem sair do tom, Diego Aguirre deu nesta segunda-feira a sua primeira coletiva de imprensa no comando do Inter e desde já prometeu trabalhar para reencontrar a “identidade” do time. Ele concordou que o jogo contra o Ceará “obviamente não foi bom” e disse querer fazer uma equipe “protagonista, dinâmica e intensa”, sem abrir mão “de coisas passadas” e tradicionais do clube.
O bom retrospecto individual em Gre-Nais, o trabalho de 2015, o contrato assinado até dezembro de 2022 e, claro, as críticas ao preparo físico também foram pautas da entrevista – confira as principais aspas:
Felicidade em voltar ao Inter:
“Estou muito feliz de voltar para casa. Internacional abriu as portas para mim quando era menino. 2015 aconteceu novamente como treinador. Ficaram algumas coisas grandes e boas por fazer. Tenho muita confiança na equipe. Temos que recuperar nossa identidade. Temos um plantel muito bom, com jogadores de qualidade. Há alguns meses foram vice-campeões nacionais. Temos que ter foco, determinação e rapidamente voltar ao nosso nível”
O trabalho no Inter em 2015:
“Fizemos um grande trabalho em 2015. Ganhamos o Campeonato Gaúcho nas finais com o Grêmio, chegamos às semifinais da Libertadores. Lançamos muitos jogadores jovens. William, Geferson, Valdivia, Sasha, o próprio Alisson. Tenho muitas lembranças boas. Claro que teria sido marcante se tivéssemos vencido aquela Libertadores. Foi uma grande passagem”
Pouco tempo para treinar:
“Vamos tentar aproveitar o tempo ao máximo. No começo serão 24h trabalhando dentro e fora do Clube. Temos que transmitir rapidamente as nossas ideias, seja no campo, vídeos ou palestras”
Como será o Inter de Aguirre:
“Gostaria de ser um time protagonista, de pressão, de dinâmica, que joga um bom futebol, mas também que tenha a identidade. Que não perca coisas que tem de muitos anos. O torcedor se sente identificado quando o time luta, vai para cada bola. Isso não pode faltar”
Críticas à preparação física:
“Incrivelmente foi só aqui (críticas ao preparo físico). Às vezes são informações que viram verdade, mas em todo momento me senti muito tranquilo. Nós trabalhamos só em times grandes e tivemos elogios de trabalho geral, físico e tático. Se o time não joga bem, sou eu o culpado”
Gre-Nais:
“Sabemos a importância dos Gre-Nais. Meu histórico é bom. Lembro coisas muito boas. Tentaremos manter esse histórico e obviamente sabemos da importância. Ainda não é tempo de pensar nisso. Temos que pensar no jogo de quinta”
Possível saída para a Seleção do Uruguai:
“Eu estou absolutamente focado no Inter. Não gosto de falar de coisas que podem acontecer. Estou feliz de estar aqui. Não penso em outra coisa além de ficar no Inter até o final do contrato. Não há nada além do pensamento de estar aqui no Inter. Estou feliz”