Adilson Batista revive polêmica e explica real motivo de ter barrado Danrlei no Grêmio

Chamado às pressas como um dos últimos trunfos do Grêmio para evitar o rebaixamento em 2003, Adilson Batista, com apenas 36 anos, topou o desafio de assumir o clube e não demorou muito a tomar uma drástica decisão: tirar o seu ex-colega e ídolo Danrlei do time titular.

Na reta final da campanha daquele Brasileirão, o então jovem Eduardo Martini assumiu a meta gremista. Danrlei não jogou mais e nos anos seguintes foi para Fluminense e Atlético-MG. Uma matéria do ClicRBS de novembro de 2003, às vésperas de um jogo contra o Vasco, traz uma declaração forte de Adilson sobre o arqueiro: “Atleta é assim, quando sai do time sempre fica emburradinho”.

À Rádio Gre-Nal, neste domingo, o técnico garantiu que a sua escolha foi em prol do time, “nada contra a pessoa” e que tomar decisões faz parte da vida de um comandante:

“Não teve nada. Estávamos em momento difícil, com dificuldades e você não pode manter. Se tiver mal, tem que sair. Já tirei atletas por não estarem bem. Entendo que é ídolo, que tem história. Mas vi naquele momento que estava com dificuldades, estava falhando. Achei que era importante mexer. O Martini entrou e nós saímos (do rebaixamento). Fiz pro bem do coletivo e da instituição. Nada contra a pessoa, já estivemos em eventos juntos. Lá no Cruzeiro, uma hora vão ter que tirar o Fábio. E não é nada contra ele. Futebol é momento, é assim. Foi assim com o Ceni, com o Waldir Peres, faz parte. Já estou vacinado sobre esse assunto”, minimizou.

Naquele ano de 2003, Adilson conseguiu tirar o Grêmio da Série B, o que aconteceu, já sem ele no comando, no ano seguinte.

Depois de alguns anos parado no mercado, o Capitão América do Grêmio na Libertadores de 1995 voltou a trabalhar no ano passado primeiro no Ceará e depois no Cruzeiro, que foi rebaixado. Ele abriu 2020 no clube mineiro, mas foi demitido antes da parada geral do coronavírus.

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