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Abel desconversa sobre futuro e resume permanência do Inter: “Mais importante que o Mundial”

Técnico Abel Braga teve o nome gritado pelos torcedores várias vezes

SALVOU

O técnico Abel Braga reforçou ainda mais a sua idolatria no Inter ao salvar o clube do provável segundo rebaixamento à Série B. Com cerca de 80% de chance de queda após a derrota para o São Paulo na quarta-feira, o Colorado desafiou os números, venceu o Bragantino em casa por 3×1 e contou com os tropeços de Ceará e Fortaleza para se salvar.

Emocionado, Abel foi extremamente abraçado e reverenciado por jogadores, funcionários, dirigentes e, claro, torcedores. Já há, inclusive, um movimento entre conselheiros para uma construção de uma estátua em sua homenagem no Beira-Rio, algo que ele despistou, assim como o seu próprio futuro:

“Eu já recebi na minha vida algo muito importante, que foi o meu nome no campo do Fluminense. Tudo em vida é legal. Mas estátua? Isso não é comigo. A vida vai seguir. Vamos ver o que vai se desenrolar. O que vai acontecer agora eu não sei. Só sei que hoje eu vou tomar um vinho bem caro e comer um churrasco com carne gaúcha. Não sou pão duro não e hoje vou gastar”, declarou Abelão, que poderá seguir no Inter como coordenador técnico em 2026.

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Abel cita Renata Fan, Rochet e Mundial pelo Inter

Na continuidade da coletiva pós-jogo, Abel explicou que o que motivou a vir para o Inter nesses dois jogos foi o grande otimismo que tinha em relação à permanência. Ele usou o sofrimento da apresentadora colorada Renata Fan como exemplo e ainda citou a superação do goleiro Rochet ao jogar no sacrifício:

“Eu nem esperava mais dar coletiva pós-jogo. Encerrei essa carreira em 2022 depois de uma conquista de Carioca contra o Flamengo. Mas muita coisa que eu escutei me marcou muito. Não sei explicar, até a minha esposa disse que minha atitude era maluca. Eu quis mostrar para as pessoas que eu nunca tive briga com ninguém. Saí em 2021 com dever cumprido sabendo que me tiraram um título no apito. Não sei o que me deu agora, mas eu vim extremamente confiante e isso foi o que eu mais usei. Eu acreditava no time”, ampliou Abel, que terminou:

“A Renata Fan é uma das maiores coloradas que eu já vi. Ela, ali na dor daquela derrota… eu pensei assim: quantos colorados assim existem? E eu não posso dizer não. Não fiz nada sozinho. Acreditei no grupo, acreditei no staff. Eu acreditava. Pouco se falou. O nosso goleiro jogou alguns jogos sem condições. Isso é uma atitude de bravura. Fica um legado. Não do Abel, mas um legado de que não podemos nem pensar em viver isso de novo. Esse momento foi mais importante que o Mundial. Lá, não éramos favoritos de nada. Se fôssemos vices, iríamos ficar contentes. Hoje, eu sei a dor, sei o que o torcedor estava sentindo, vi pessoas ao meu redor com familiares até ameaçados. E isso me dava mais determinação para superar”.

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