
RETRATAÇÃO
O domingo de retorno de Abel Braga ao comando do Inter terminou com pedido público de desculpas nas redes sociais. Horas depois da coletiva em que usou a expressão “time de viado” ao criticar o uso da camisa rosa nos treinos, o treinador publicou um texto em seu Instagram para tentar conter a reação de torcedores e movimentos ligados à causa LGBTQIA+.
A declaração do técnico, dada enquanto comentava uma conversa com Andrés D’Alessandro, diretor esportivo e ex-companheiro de vestiário, rapidamente ganhou repercussão nacional. Veículos esportivos classificaram a fala como homofóbica e registraram críticas recebidas pelo treinador nas redes sociais. No ambiente colorado, o episódio surgiu em meio a um momento já delicado, com o clube lutando para escapar do rebaixamento nas duas rodadas finais do Brasileirão.
Abel havia sido anunciado no sábado como substituto de Ramón Díaz, demitido após a goleada sofrida para o Vasco. Aos 73 anos, o ídolo colorado aceitou trabalhar sem receber salário, em um acordo curto para tentar salvar o clube da queda. A polêmica com a camisa rosa, porém, transformou a reapresentação em crise imediata de imagem, obrigando o treinador a se posicionar publicamente.
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Abel fala em caráter e pede paz no Inter
Depois da forte repercussão, o treinador usou o Instagram para reconhecer o erro e direcionar um recado à torcida colorada. Na postagem, ele admite que a frase sobre a cor rosa não foi adequada e tenta afastar qualquer associação entre cores e identidade de gênero, reforçando que o momento do clube pede união em vez de novos conflitos.
“Colorados e coloradas, em primeiro lugar reconheço que não fiz uma colocação boa sobre a cor rosa durante a minha coletiva. Antes que isso se prolifere, peço desculpas. Cores não definem gêneros. O que define é caráter. O Inter precisa de paz e muito trabalho. Vamo, vamo Inter!”, escreveu Abel Braga.

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O pedido público chega em um contexto de sensibilidade ainda maior no Beira-Rio. Poucas semanas antes, o então técnico Ramón Díaz também havia sido criticado por uma fala machista em entrevista, o que levou o clube a divulgar nota oficial reforçando compromissos com respeito e inclusão. Agora, com novo episódio envolvendo seu sucessor, o Inter volta a ter o discurso institucional colocado à prova diante da opinião pública.
Nos bastidores, a avaliação é de que o pedido de desculpas era indispensável para tentar reduzir o dano de imagem causado pela fala na apresentação. A diretoria trabalha para isolar a polêmica e direcionar o foco para o campo, onde Abel terá apenas dois jogos para tentar evitar o rebaixamento: São Paulo, fora de casa, e Bragantino, no Beira-Rio, em uma combinação difícil, mas ainda possível, de resultados.
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