
Sem deixar saudades à torcida, o meia Thiago Neves em sua curtíssima passagem pelo Grêmio fez apenas 14 jogos e um único gol, tendo sido contratado em 2020 por um pedido particular do então técnico Renato Portaluppi à direção, que o atendeu. Sem clube no momento, Thiago relembrou a convivência com Renato e o dia a dia de trabalho em entrevista ao jornalista Rica Perrone.
Renato, segundo o meia, não é o típico treinador apegado à parte tática do jogo, tendo profissionais no seu staff que são os responsáveis por essa área:
“Ele é bom (treinador) e tem um estafe bom, que são estudiosos. Chegam cedo no CT, saem tarde, estudam, veem táticas e deixam mastigado para o Renato. É um treinador que gosta de fazer muito ‘joguinho’. Ele não gosta de ficar inventando muita tática, tem treinador que não dá treino e só fica enchendo o saco com tática. Às vezes ele tem discussões com o estafe porque ele quer fazer uma coisa, mas é preciso fazer outra. Uma coisa boa é que ele passa muitas coisas para o jogador, divide. Ele tem responsabilidade, mas os jogadores também têm, nós que entramos em campo”, comentou.
Sobre a sua passagem em si com a camisa tricolor, Neves foi sincero ao admitir que “não joguei bem”:
“Mesma coisa do Renato Gaúcho quando me chamou para ir para o Grêmio. ‘Vem para cá, eu te abraço, você tá comigo, vou te ajudar, te dar apoio, o que precisar, você pode contar comigo’. E foi o que aconteceu. No Grêmio deu errado porque eu não joguei bem. Tive lesões musculares que me atrapalharam. Quando eu voltava, estava sempre atrás dos outros. Mas a recepção de todos, Renato, comissão, diretoria, o tempo inteiro foi espetacular. Só no finalzinho é que pisaram na bola”.
O jogador de 36 anos está livre no mercado desde que deixou o Sport Recife. Ele admite ter o sonho de voltar ao Fluminense para encerrar a carreira. Veja a íntegra da entrevista: