
Ao confirmar a demissão de Leonardo Gaciba da presidência da Comissão Nacional de Arbitragem, a CBF o substituiu pelo também ex-árbitro Alício Pena Júnior, que, ao Seleção SporTV, na última sexta-feira, falou em dar mais tranquilidade aos árbitros, reduzir a pressão e ainda fez muitos elogios aos juízes brasileiros – confira um resumo das suas falas.
Análise do momento da arbitragem
“É um momento de dificuldade. O nosso objetivo para essa interinidade é dar aos árbitros condições para trabalhar com tranquilidade, tentar diminuir a pressão, que é muito grande. E o ambiente de pressão traz dificuldade, principalmente para o árbitro em uma tomada de decisão no campo de jogo. O objetivo é tentar dar tranquilidade, continuar buscando aproximação e manutenção de critérios e conceitos, melhorar um pouco o que temos apresentado de dificuldade e tentar, nesta reta final, diminuir a pressão sob os árbitros. Todos que trabalham sob pressão têm dificuldade em exercer sua profissão”
Confiança aos árbitros
“O árbitro brasileiro hoje precisa ter confiança para tomar as decisões corretas. Nossos árbitros têm condições de apresentar um trabalho melhor, temos plena confiança nisso e apostamos que isso vai acontecer. Mas é preciso que as pessoas entendam que esse ambiente de pressão aumenta a dificuldade nas tomadas de decisão”
Elogios à arbitragem brasileira
“O que precisa mudar? Não concordo. Os árbitros brasileiros são honestos e de ótima qualidade. São situações pontuais que se tornam mais graves neste momento de decisão do campeonato. São honestos e capacitados. O ambiente de pressão tem trazido muita dificuldade e, neste momento, os erros têm uma dimensão muito maior. Vamos trabalhar para manter uma ambiente de maior tranquilidade possível, para que os árbitros possam tomar suas decisões. Mas reforço aqui, são honestos e de qualidade, com erros pontuais que vamos seguir atacando para tentar evitar neste momento da competição”
VAR
“O que temos que trabalhar, e vamos centrar esforços nisso, é preparar os árbitros do campo de jogo. É fundamental que eles estejam preparados para tomar a decisão correta, diminuindo a pressão sobre a cabine. Vamos também fazer um trabalho com o VAR para atuar quando for algo realmente previsto no protocolo, quando tenha necessidade, um erro claro e óbvio em campo, para que a gente possa diminuir o número de intervenções, mas que sejam mantidas decisões corretas. Não podemos ter um número menor de intervenção e erro persistindo em campo. O convite que me foi feito foi assumir interinamente, até o final da competição. O que vai acontecer depois disso depende da presidência da casa”