
Insatisfeito com a arbitragem de Luiz Flávio de Oliveira e com o VAR na derrota de 2×1 para o Atlético-MG no Mineirão na quarta-feira, pelo Brasileirão, o Grêmio não descarta pedir à Justiça Desportiva a impugnação do jogo, uma vez que notou “erro de direito” por desconhecimento da regra por parte dos árbitros.
À Rádio Gre-Nal nesta sexta-feira, o presidente Romildo Bolzan Jr falou abertamente sobre o caso e explicou como o Grêmio se sente duplamente prejudicado no lance que gerou o gol de pênalti de Vargas. Segundo ele, não foi falta de Cortez em Jair e Savarino desrespeitou a regra de um metro de distância da barreira na hora da falta:
“Essa situação do Atlético, vamos combinar: não foi falta no Jair, o jogador do Grêmio não cometeu falta no jogador do Atlético, ele tropeçou no pé do jogador Grêmio. Segundo momento, tem uma regra específica que fala que a barreira é intocável e o adversário tem que ficar a um metro dela. E temos aí duas irregularidades, porque ele tocou no jogador da barreira do Grêmio e, de certa forma, o desequilibrou. Essas situações têm que ser vistas também pelo VAR, não é só simplesmente uma irregularidade que acaba sendo fundamental no pênalti, como a situação anterior. Então sabe o que eu acho de tudo isso? Além do juiz de campo que está exposto, o VAR tem que está exposto também. O VAR tem que colocar toda sua razão de decidir, sua forma de decidir, seu encaminhamento de uma decisão, por que decidiu de uma maneira, até para nós sabermos se eles viram ou se não viram”, disse Bolzan, em declaração recuperada pelo site Superesportes.
“Nós estamos examinando a possibilidade de impugnação da partida. Mas quando se fala de um procedimento desta natureza, por um erro de direito, aí a prova tem que ser pré-concebida, e por falta de transparência do VAR, por falta de colocar às claras tudo que se conversa lá dentro, o Grêmio não tem essa prova pré-concebida. Eles nos facultam ir lá ouvir, isso eles fazem. Mas tem um procedimento que a gente precisa imediatamente ver que significa um erro de direito, não um erro de interpretação, estou falando em erro de direito, que foi visto, examinado, que estava posto e não viram. Aí, temos algumas coisas: ou não tem critério, ou não avaliou, ou desconhece a regra. Fico nesta dúvida por conta da ausência de informação do VAR das razões de decidir, e fico na dúvida do processo por inteiro”, acrescentou o mandatário gremista.
Lásaro Cândido da Cunha, ex-vice-presidente do Atlético-MG, reagiu imediatamente no Twitter em cima das falas do presidente gremista:
“Há pouco, em entrevista na Rádio Grenal (Porto Alegre), o presidente do Grêmio, Romildo Bozan, afirmou que pretende anular a partida contra o Galo por ter havido “erro de direito” no segundo gol do Atlético. Incrível como os gestores do futebol desconhecem o que seja ‘erro de direito'”, frisou.
Há pouco em entrevista na Rádio Grenal(Porto Alegre),o presidente do Grêmio, Romildo Bozan,afirmou q pretende anular a partida contra o GALO (por ter havido“erro de direito”)no segundo gol do ATLÉTICO.Incrível como os gestores do futebol BR desconhecem o que seja“erro de direito”
— Lásaro Cândido (@lasaroccunha) November 5, 2021
Em campo, o Grêmio seguiu desesperado no 19° lugar do Brasileirão com 26 pontos a partir da derrota. E tem, pela frente, o Gre-Nal deste sábado no Beira-Rio a partir das 19h.