
Mesmo identificado com o Inter, o jornalista Adroaldo Guerra Filho, o Guerrinha, mantém boa relação com a torcida do Grêmio e não tem nenhum problema quando vai à Arena cobrir os jogos do clube pela Rádio Gaúcha. Em recente participação no programa “Sem Filtro”, de GZH, ele celebrou essa “conquista” e desejou que mais colegas passem pelo mesmo:
“Isso é uma coisa difícil de acontecer. Porque aqui é um bairrismo e uma rivalidade… insana às vezes. Mas me dou bem com os gremistas. E eu quero o bem do torcedor. Talvez isso influencie. É um legado que eu gostaria que outros também tivessem. Chegar na Arena e o torcedor rival te respeitar. ‘Esse cara aí diz o que a gente quer ouvir’. Isso é importante. Se tu for fiel, o torcedor vai estar do teu lado, independente do time que tu torça”, pontuou.
Como Guerrinha começou no futebol?
Nesta mesma ocasião, o experiente comentarista da Rádio Gaúcha explicou como começou a trabalhar com futebol dentro do Grupo RBS, assim que o turfe foi tirado das páginas de Zero Hora:
“Chegou uma época que a RBS resolveu parar com o turfe. Porque ninguém compra jornal por causa do turfe. Nem pelo obituário. Não, o cara passa no obituário e vê quem morreu. Chegaram para mim e falaram que iam acabar com o turfe. Acabou, não tem o que fazer, estou fora. Me comunicaram que eu não ficaria”, disse, antes de lembrar de dois queridos ex-colegas:
“Estou limpando as gavetas e passa o Sant’Ana por mim: ‘Virou faxineiro?’. E eu expliquei que estava saindo, mas estava tudo bem. Ele foi lá falar com um diretor e esse diretor falou com o David Coimbra. O David me perguntou: ‘Tu quer fazer futebol?’. E eu disse para ele: ‘David, não entendo nada de cavalo, eu tento falar com eles todos os dias e nenhum me responde, eu entendo é de futebol’. E ali eu comecei a fazer futebol”.