
Na véspera do duelo diante do CSA, fora de casa, pela ida da terceira fase da Copa do Brasil, o Grêmio divulgou uma nova entrevista com o técnico Mano Menezes, que se manifestou sobre vários temas como a felicidade de voltar para “casa”, as lembranças da primeira passagem e a parceria que vem pela frente com o novo coordenador técnico do clube, Luiz Felipe Scolari, o Felipão.
“É sempre bom voltar para um casa, pois é sinal que você plantou alguma coisa quando você esteve. No caso do Grêmio, é mais significativo para mim. Foi o clube que me projetou no Brasil e foi o meu primeiro time de ponta. Tem um significado em vários aspectos e a volta é, para mim, muito especial”, disse Mano, antes de lembrar da sua trajetória no Grêmio entre 2005 e 2007.
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“O Olímpico sempre foi muito emblemático na vida do Grêmio e na minha também. A primeira passagem toda ela foi lá. Os clubes mudam, a estrutura mudou, o CT também, você tem uma equipe de trabalho maior, a comunicação também. É gostoso você ver que o clube acompanhou a evolução natural que o futebol brasileiro exige. O que é preocupante é você voltar e parecer que não saiu, mas não é o caso”, ampliou.
No total, 20 anos se passaram desde o começo da primeira passagem pelo Grêmio, de modo que Mano relatou, nesta nova entrevista, o que mudou e o que se mantém desde lá:
“Tem uma coisa que eu procurei não perder nesse tempo todo: buscar as vitórias e sofrer com as derrotas, buscando soluções para que elas não aconteçam. Isso é muito importante para um comandante que representa uma multidão de torcedores. A derrota não pode ser uma coisa comum. Ela tem que nos irritar e nos fazer sofrer. Mas tenho um dia a dia tranquilo e deixo as minhas brigas apenas para quando são necessárias”.

Mano terá Felipão como parceiro no Grêmio
Perto de fazer apenas o seu terceiro jogo oficial comandando o Grêmio, Mano Menezes terá Felipão como “parceiro” de vestiário no exercício da função de coordenador técnico. Eles são amigos de longa data e se falaram recentemente por telefone:
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“Eu recebi com muita alegria, pois acho que os clubes precisam desta figura hoje. Quando você tem uma referência, além da questão técnica em si, isso traz para o torcedor ter uma confiança maior. Isso ajuda o treinador. Vamos nos entender muito bem. Já conversamos muitas vezes na vida. Ele foi um dos treinadores que me ajudou na primeira passagem no Grêmio. Eu era um técnico vindo do interior e aí você tem que confirmar a sua capacidade. E o Felipão sempre falou bem, dando uma espécie de aval. Agora, juntos, tem uma probabilidade grande das coisas acontecerem como o torcedor quer”, disse Mano, antes de ampliar:
“Ainda não conversamos cara a cara, mas já nos falamos por telefone. Vamos estar juntos no jogo do CSA e aí vamos sentar para conversar e alinhavar tudo aquilo que a gente entende que deve ser a condução entre técnico e coordenador”.