Após a emocionante vitória do Grêmio nos pênaltis por 8×7 contra o Athletic Club, pela segunda fase da Copa do Brasil, uma situação desagradável ocorreu na área de entrevistas. Um funcionário do Athletic Club ofendeu membros da equipe da Rádio Gaúcha, que estava cobrindo o evento.
Um funcionário proferiu a seguinte frase: “Vocês vão morrer afogados, têm que sofrer para aprender…”. A declaração fazia referência às enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, quando o Brasil inteiro se mobilizou para ajudar as vítimas.
Este desastre climático afetou 298 dos 497 municípios gaúchos, causando graves danos em 73 cidades que tiveram pelo menos 10% de suas áreas atingidas. Ao todo, as enchentes mataram 183 pessoas e deixaram 27 desaparecidos no Rio Grande do Sul.
Em outubro, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, voltou a receber voos após a reforma da pista, que ficou inundada por mais de 20 dias. O Mercado Público e os estádios da dupla Gre-Nal, por exemplo, reabriram ao público no segundo semestre: o Beira-Rio em 28 de julho e a Arena do Grêmio em 1º de setembro. Por outro lado, os esforços de recuperação seguem em outras áreas.
As ofensas, contudo, parecem ter sido fruto de um mal-entendido por parte dos mineiros, conforme apontado pelo repórter Geison Lisboa, que foi diretamente atacado pelo funcionário do Athletic Club. Vídeos editados fora de contexto foram interpretados como ofensas ao clube.
Repórter relata o motivo das ofensas
“Ontem, durante o programa Sala de Redação, falamos sobre o estádio do Athletic. Fizemos algumas brincadeiras, comparando-o com o Real Madrid e o Coliseu. Esses vídeos e áudios viralizaram, mas foram editados fora de contexto, dando a impressão de que estávamos ofendendo a equipe do Athletic. Na verdade, usamos o termo ‘Real Madrid’ para elogiar o Athletic. Alguns vídeos foram cortados de maneira que parecia que estávamos ofendendo a equipe, o que gerou uma reação negativa do funcionário do Athletic. Mas não houve qualquer desrespeito”, explicou Geison Lisboa, da Rádio Gaúcha.
“Conversamos novamente sobre o assunto e tudo está esclarecido. Infelizmente, algumas pessoas usaram recursos baixos, dizendo que a gente vai morrer afogado, que a gente vai sofrer. Isso é um pouco demais, considerando que saímos de uma enchente há pouco tempo”, lamentou Geison Lisboa.
“Recebemos cobranças e até ameaças de funcionário do Athletic, afirmando que vamos morrer afogados por termos criticado o estádio. A repercussão foi enorme, e estão nos acusando de desrespeitar o clube. Essas ameaças ocorreram na beira do campo, mas isso não podemos aceitar. No ano passado, já enfrentamos uma tragédia”, completou.
Após a confusão inicial, o repórter Geison Lisboa esclareceu a situação, mencionando que o presidente do Athletic Club procurou a equipe da Rádio Gaúcha para pedir desculpas pelo incidente. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está colaborando com o Athletic Club para identificar o funcionário. Felizmente, apesar das palavras ofensivas, não houve agressão física. A CBF continuará acompanhando o caso para garantir que medidas apropriadas sejam tomadas.
“Também vou fazer um esclarecimento aqui com relação ao presidente do Athletic que veio nos procurar para pedir desculpas pelo que aconteceu. Um funcionário do clube que ainda está sendo identificado, que estava nos ameaçando ali e falando barbaridades com relação a enchente, enfim. eles estão buscando esses esclarecimentos a própria CBF que acompanhou de perto, os delegados estavam acompanhando de perto toda a confusão, já estão buscando a identificação também desse funcionário do Athletic que estava ameaçando a imprensa do Rio Grande do Sul no término do jogo, ali terminou as cobranças de pênaltis, eles já vieram pra cima da gente houve uma grande confusão mas tudo contornado, sem nenhum tipo de agressão física absolutamente, mas com palavras de baixo calão, sim, e a CBF agora vai trabalhar também junto do Athletic na identificação desse funcionário, um funcionário apenas, que fez toda uma confusão ao final do jogo”, finalizou Geison.
