Identificado com o Grêmio, o jornalista Diogo Rossi, durante o programa “Debate Raiz” desta terça-feira, avaliou que o diretor esportivo colorado Andrés D’Alessandro saiu “vencedor” da coletiva dada pela manhã, na FGF, pelo presidente da entidade Luciano Hocsman e pelo chefe da comissão de arbitragem Leandro Vuaden. Ambos decidiram que o VAR, a partir de agora, será comandado por árbitros de fora do Rio Grande do Sul na sequência do campeonato.
Há algumas semanas, D’Alessandro, publicamente, pediu a exclusão do gaúcho Daniel Nobre Bins das escalas de arbitragem dos jogos do Inter. Este árbitro atuou no VAR do último Gre-Nal, que terminou empatado em 1×1 na Arena.
“Desta entrevista coletiva, saiu um vencedor. Não acho que seria uma coletiva da FGF para determinar vencedor ou perdedor, mas saiu um vencedor: Andrés Nicolas D’Alessandro. Ele tinha dado uma coletiva dizendo que Daniel Bins, do VAR, agia de forma premeditada por ser gremista. E o VAR do Gauchão não será mais gaúcho, será de fora. Ou seja, parabéns D’Alessandro. E é sério o que estou falando: você é muito forte e potente, porque deu uma coletiva e venceu. O presidente da FGF e o chefe de arbitragem sucumbiram ao teu pedido”, declarou Rossi, como mostra o vídeo abaixo compartilhado pelo Resistência Colorada.
Poder de D’Alessandro?
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— Resistência Colorada (@rc_portal) February 25, 2025
A manifestação de D’Alessandro sobre Daniel Nobre Bins e sobre a situação da arbitragem do Gauchão aconteceu antes de uma vitória do Inter sobre o São Luiz, fora de casa, por 3×1, ainda na primeira fase da competição:
“Falando do VAR, vou para uma questão mais ampla. Coincidentemente, o Daniel Bins sempre tem um lado favorecido. Não só com o Inter. Vivemos isso na final do Campeonato Gaúcho (do ano passado), Grêmio e Juventude, que o VAR não chamou (para revisar o lance). A gente abre os olhos e pensa sobre o que realmente está acontecendo para que as coisas sejam justas. Não queremos ser favorecidos, mas que sejam justos”, disparou D’Alessandro, na ocasião.
FGF justifica a sua nova medida
Segundo o presidente Luciano Hocsman, a decisão de ter VAR de fora do Rio Grande do Sul nos próximos jogos se dá em um tentativa de reduzir o “clima bélico” criado nas últimas semanas:
“Diante do clima bélico, eu preciso, como responsável e mediador, tomar atitude. Não tinha nenhuma intenção de fazer isso, mas, diante desse clima perigoso, nos faz não ter alternativa a não ser ter arbitragem de VAR de fora do Rio Grande do Sul. Para acalmar o que está acontecendo aqui. É dolorido para mim. Pela confiança que eu tenho e segurança que eu tenho no comprometimento do árbitros gaúchos. Mas, pensando em arrefecer os ânimos, faremos isso”, citou Hocsman.